quarta-feira, 15 de junho de 2011

Prática de Leitura Multimidial

Globalização
Público Alvo:Leitores do Ensino Médio
Metodologia e Recursos
          Leitura de textos literários:
ü      Conto “A Globalização e o Algodão Doce”, por Marciana Verdinha de Antenas Longas .
ü      Poema “Globalizando em rede”, de Maria Gildete Carneiro Amorim .
            Leitura de Músicas:
ü      “Globalização”,Tribo de Jah.
ü      “Defesa Armada”,Tribo de Jah.
ü      Leitura de Imagens

Desenvolvimento
          Apresentei o texto:A Globalização e o Algodão Doce , por Marciana Verdinha de Antenas Longas.
          Em uma praça qualquer, em um desses enfadonhos domingos ensolarados, sentada num banco de madeira decadente e provavelmente habitado por mendigos, eu me encontrava pensando na vida, talvez pensasse na morte também, buscando inspiração ou alguma coisa semelhante.E se não fosse por aquele horizonte azul celeste com nuvens branquinhas aqui e acolá e o sol fritando minha cabeça, espantando todas as idéias que poderiam surgir, eu até teria a capacidade de criar um novo mundo.
          Mirando novamente a paisagem só pude recordar de uma única coisa.
          -Algodão doce! – agora receava a possibilidade de ter pensado alto demais.
          Inesperadamente obtive resposta.Uma voz grave entoou em meus ouvidos.
          -Sim, sim... Globalização!
          Virei a cabeça para ver quem diabos tinha dito aquela frase completamente sem contexto.A figura de um homenzinho raquítico, maltrapilho e surpreendentemente com uma aparência de limpeza impecável me era muito estranha.Seus cabelos lisos e negros lhe caíam sobre os olhos e em sua mão encontrava-se um jornal com uma manchete em letras garrafais: DESEMPREGO ESTRUTURAL AUMENTA.ROBÔS OCUPAM AS FÁBRICAS.Analisando tudo, tive que responder:
          -Como, senhor?
          -É, é... O mundo globalizado tem uma grande similaridade com o algodão doce.Ah!Me perdoe pela indelicadeza.Sou Dynac, Tewes Dynac.Sempre quis dizer isso.
          -Ah... É... Medrofe Canitifino, prazer?
          -Sim, é um prazer.Mas como eu ia dizendo, o mundo globalizado é como algodão doce, não acha?
          Tentei por instantes achar a semelhança.Fiz várias hipóteses, uma me parecia mais imbecil que a outra.
          -Não consigo enxergar no que se parecem, sr. É... Dynac!
          -Pense só... Assim como o mundo globalizado, o algodão doce está unido e interligado, não por sua vontade, mas pela vontade de comermos algodão doce.Pense em um grãozinho de açúcar que foi caramelizado para se tornar algodão doce como sendo um ser humano deste mundo enfermo.
          -Todos os grãozinhos estão ligados entre si, mas se isso não estivesse acontecendo não ia mudar a vida do grãozinho.No Algodão Doce existem disponíveis meios de transporte, como por exemplo o grãozinho tem oportunidade de atravessar o algodão doce em um piscar de olhos,deslizando pelo palito, mas se ele não tiver como pagar por isso ele não tem como passar, ou seja, toda a infra pode não servir pra nada para alguns, justamente como acontece no mundo globalizado no qual existem milhares de tecnologias, no transporte, comunicação e até eu posso citar a indústria bélica.Mas me diga cara Medrofe, como um mendigo pode usufruir de tudo isso?O que me deixa mais inconformado é perceber que a desigualdade social só faz crescer, e por culpa de quem?Da globalização e do capitalismo.
          Imaginei de onde ele teria tirado todas aquelas analogias.Não eram insensatas, agora eu já podia considerar o mundo um grande algodão doce.
          -Realmente esse mundo não dá espaço para os sem grana.Me veio à cabeça nesse exato momento que algodão doce é um grande estímulo para a podridão dos dentes, o mundo globalizado, cada vez mais, nos leva para a miséria, a fome.Ah!Outra analogia!
          Se levantando (não que fizesse muita diferença) Tewes começou a dar tapas suaves em seus glúteos, aparentemente tirando a poeira das calças esfarrapadas.
         
-Foi uma boa analogia, mas realmente não estou competindo.Obrigada, Medrofe, pela companhia, agora tenho que mexer meu traseiro fétido para conseguir arranjar um emprego.Dizem que tenho que ser criativo.Talvez seja bom que eu coma rapadura com coca antes de bater em outra porta.Adeus.Acho que não pode ser um “até logo”.
          -Adeus, sr. Dynac.Digo, Tewes.
          E saiu andando, aparentemente sem rumo.Com ele levava meus desejos de sorte.Aquela visão me fez decidir comprar um algodão doce, pra me sentir mais poderosa.

Após a leitura do texto os alunos escutaram a música”Globalização” da Tribo de Jah, interligando os assuntos do texto com a música ;
          Globalização é a nova onda
O império do capital em ação
Fazendo
sua rotineira ronda

No gueto não há nada de novo
Além do sufoco que nunca é pouco
Além do medo e do desemprego, da violência e da impaciência
De quem partiu para o desespero numa ida sem volta
Além da revolta de quem vive as voltas
Com a exploração e a humilhação de um sistema impiedoso
Nada de novo
Além da pobreza e da tristeza de quem se sente traído e esquecido
Ao ver os filhos subnutridos sem educação
Crescendo ao lado de esgotos, banidos a contragosto pela sociedade
Declarados bandidos sem identidade
Que serão reprimidos em sumária execução
Sem nenhuma apelação

Não há nada de novo entre a terra e o céu
Nada de novo
Senão o velho dragão e seu tenebroso véu de destruição e fogo
Sugando sangue do povo,
De geração em geração
Especulando
pelo mundo todo
É só o velho sistema do dragão
Não, não há nenhuma ilusão, ilusão
Só haverá mais tribulação, tribulação

Os dirigentes do sistema impõem seu lema:
Livre mercado, mundo educado para consumir e existir sem questionar


Não pensam em diminuir ou domar a voracidade
E a sacanagem do capitalismo selvagem
Com seus tentáculos multinacionais querem mais, e mais, e mais...
Lucros abusivos
Grandes executivos são seus abastados serviçais
Não se importam com a fome, com os direitos do homem
Querem abocanhar o globo, dividindo em poucos o bolo
Deixando migalhas pro resto da gentalha, em seus muitos planos
          Não veem seres humanos e os seus valores, só milhões e milhões de consumidores
São tão otimistas em suas estatísticas e previsões
Falam em crescimento, em desenvolvimento por muitas e muitas gerações

Não há nada de novo entre a terra e o céu
Nada de novo
Senão o velho dragão e seu tenebroso véu de destruição e fogo
Sugando sangue do povo,
De geração em geração
Especulando
pelo mundo todo
É só o velho sistema do dragão
Não, não há nenhuma ilusão, ilusão
Só haverá mais tribulação, tribulação

Não sentem o momento crítico, talvez apocalíptico
Os tigres asiáticos são um exemplo típico,
Agora mais parecem gatinhos raquíticos e asmáticos
Se o sistema quebrar será questão de tempo
Até chegar o racionamento e o desabastecimento
Que sinistra situação!
O globo inchado e devastado com a superpopulação
Tempos de barbárie então virão, tempos de êxodos e dispersão
A água pode virar ouro
O rango um rico tesouro

Globalização é uma falsa noção do que seria a integração,
Com todo respeito a integridade e a dignidade de cada nação

É a lei infeliz do grande capital,
O poder da grana internacional que faz de cada país apenas mais um seu quintal
É o poder do dinheiro regendo o mundo inteiro

Ricos cada vez mais ricos e metidos
Pobres cada vez mais pobres e falidos
Globalização, o delírio do dragão!
         
Música:”Defesa Armada” ,Tribo de Jah;

          Os paises pobres ainda tem
Que aprender a mais nova lição
O dominio total da nação
Esta vindo através da globalização

Temos que evitar a abertura de fronteira,
Para proteger a industria nacional,
Defesa do emprego,
Defesa da familia,
Defesa das fronteiras,
Protega a economia,

A população é inocente
Gosta de ter um monte de opção
Um produto inutil e barato
Importado sem ter uma razão

Temos que evitar a abertura de fronteira,
Para proteger a industria nacional,
Defesa do emprego,
Defesa da familia,
Defesa das fronteiras,
Protega a economia
         
Relacionar o Poema “Globalizando em Rede”, de  Maria Gildete Carneiro Amorim  com as imagens;
          Em tempo de globalização,
Fazem-se amizades de supetão.
Com computadores avançados
Melhor fica o bate-papo
Buscando conversar?
Faz-se o login e digita a senha por fim
Amigos online, outros off-line
Menina quer namorar
O garoto só quer “ficar”
Conflitos à parte
A verdade é que todos querem agitar
Queda na rede, estresse total
Tenta-se reiniciar, apertando a tecla com o polegar
Para um coração acessar
Basta apenas digitar:
“Você, comigo quer ficar?”
Cuidado com os vírus
Pedofilia também, pois todo cuidado deve-se ter
Sites a acessar, jogos a jogar
No mundo virtual, todos só querem zoar
Computadores interligados
Por uma rede de lazer e comunicação
Isso mesmo meu amigo:
Essa é a verdadeira magia da globalização.







Resultados
          Ocorra uma maior compreensão sobre a  Globalização e as influências em nosso dia-a-dia.



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